quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Verão é sinônimo de artesanato

O Verão aproxima-se e com ele as lides das feiras de artesanato. Apesar de não haver grande stock, vamos concorrer àquelas que nos parecerem mais apelativas.
As feiras são também um motivo para conhecer Portugal no seu melhor: paisagem, gastronomia, gentes, usos e costumes, etc.
Sempre regressamos a casa com um saco cheio de recordações e de experiências. Estas nem sempre boas, mas no geral nem sempre más. Gostamos de conviver embora nem todos sirvam para convívio. O "mundinho" dos negócios é muito agressivo e, no caso, os artesãos nem sempre respeitam o seu parceiro de profissão: por desconfiança ou por inveja.
Embora se trate de situações esporádicas, a convivência tem de ser como na cozinha: qb.
Para quem está fora do ambiente familiar, sente-se a falta da companhia que se busca naqueles que nos parecem mais simpáticos ou mais experientes. Quase sempre se encontram pessoas prontas a ajudar, a dar conselhos, mas muito poucas a ensinar a sua arte, por receio de ser copiada, medo de perder o negócio, ou simplesmente porque não sabem nada sobre o que exibem como artesanato.
Pessoalmente, e a princípio, gostava de dizer aos artesãos que nos procuravam, como fazemos e que materiais utilizamos na nossa arte, mas aos poucos fui-me apercebendo que a simpatia e a admiração pelos nossos trabalhos não era sincera. Tinha como fundamento adquirir as técnicas para depois mostrarem que afinal esta ou aquela peça não tinham ciência nenhuma.
Mas encontramos também pessoas que não só apreciavam como nos ofereciam materiais. Gratificante é mesmo sentir que algumas pessoas, infelizmente muito poucas, apreciam e não se mostram ameaçadas pela troca de conhecimentos.